Cientistas desenvolveram uma nanomáquina molecular, dotada de um propulsor acionado por luz, que consegue localizar células cancerosas, liberando sobre elas os medicamentos capazes de destruí-las.
Nanopropulsor
O nanopropulsor acionado por luz é a primeira nanomáquina descrita até o momento que é capaz de operar no interior de uma célula viva. Os primeiros experimentos estão sendo feitos em cultura, mas a pesquisa tem grande interesse para o futuro do combate ao câncer.
Nanomáquinas capazes de carregar e liberar medicamentos em pontos específicos do organismo têm sido objeto de intensas investigações, sendo consideradas a próxima geração das drogas inteligentes.
Drogas inteligentes
Sistemas nanomecânicos para aplicação em medicina devem possuir dois ítens básicos: um sistema para acondicionar o medicamento e um sistema de acionamento ativado por luz - outros métodos de acionamento podem ser danosos ao organismo.
As chamadas drogas inteligentes utilizam a corrente sangüínea para circular pelo organismo até encontrar as células cancerosas. A identificação do tumor é possível graças a proteínas específicas que as drogas inteligentes têm em sua superfície, que se ligam apenas a moléculas encontradas na superfície dos tumores.
Oscilação induzida por luz
Os cientistas Jeffrey Zink e Fuyu Tamanoi, da Universidade da Califórnia, Estados Unidos, utilizaram nanopartículas de sílica mesoporosa para armazenar os medicamentos, que ficam acondicionados nos milhões de poros das nanopartículas. Como propulsor foi utilizado o azobenzeno, um composto químico que oscila entre duas posições quando exposto à luz.
O funcionamento da nanomáquina foi demonstrada utilizando-se várias células de câncer humano, incluindo câncer de cólon e câncer do pâncreas.
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